12.11.16

Exercício número seis (procurar a forma,
mesmo que ela seja disforme)


A paixão se desenha nos olhos,
as mãos não são suficientes,
o desejo transpira nos poros,
as bocas se multiplicam.
Os devaneios, os delírios
se cruzam, se rompem.
As cores se apagam das faces.
a vida atravessa a pele,
a morte suave aparece.

Eis o tudo, eis o nada

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