Esperas
na noite
O
espanto terrível do dia visto ao longe em letras e imagens,
entre
risos e silêncios.
Nos
cantos da derme
impreciso,
o medo de mais uma vez perder um filho
ou
perceber
que
não tenho mais meus pais
Passando
a mão no rosto apago o medo
com
a certeza da presença dos mortos
com
o pensamento nos vivos
Não
os quero presos a mim
como
colar de pérolas
Então
fecho
os olhos
rezo
qualquer palavra
fico
quieta como ensinava a meus filhos
e
espero o sono chegar
Nenhum comentário:
Postar um comentário